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Armando Fantini Jnior



Quem foi?

Armando Fantini Júnior nasceu em Sabará (MG), a 19 de maio de 1913, e era filho de Armando Fantini e Maria Theodora de Siqueira. Faleceu em Belo Horizonte (MG), onde era residente, a 5 de fevereiro de 1986. Foi velado na prefeitura municipal e sepultado no cemitério municipal de Sabará, no jazigo da família Fantini (Quadra 2, Campa 388/057). Era escriturário e dava aulas de Matemática. Foi vereador, eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e presidente da câmara municipal de Sabará. Deixou 6 filhos.


O que fez?

Jornal "O Pioneiro"
Primeira Quinzena de Outubro de 1957
Ano III - Nº 68 - Pág. 2

VELHA GUARDA

ARMANDO FANTINI JÚNIOR

Foi contínuo e hoje é presidente da Câmara.
Armando Fantini Júnior recebeu o prêmio de seu esforço e inteligência - Criador do "famoso" método Beimer - A chegada do primeiro vagão de gusa de Monlevade.

Tendo começado a trabalhar na usina de siderúrgica em 1924, com a idade de 11 anos, Armando Fantini Júnior é uma das mais queridas figuras da comunidade belgo mineira. A projeção de suas qualidades pessoais ultrapassa mesmo o círculo de relações formado por seus companheiros de serviço para se estender por toda Sabará. Prova disso é que o "Mandu" - como é conhecido na intimidade - foi eleito vereador à Câmara Municipal, ocupando hoje a presidência da Edilidade sabarense.

Estudioso, inteligente, trabalhador e consciencioso, o Fantini Júnior utiliza muitas vezes a ironia, arma que maneja sem maldade ou segundas intenções.

CRIADOR DO MÉTODO BEIMER

Vivendo na usina, em meio a projetos, planos e esquemas, Armando deu vasa a seu espírito sarcástico, criando ele próprio um método, com o qual dá explicações para todos os fatos: o método Beimer, através do qual são expostas as teorias contábeis, as mais difíceis reações químicas, os processos de fabricação do aço, os fenômenos políticos e sociais e até as derrotas do Siderúrgica. Segundo sua irônica imaginação, tudo na vida vai encontrar explicação na teoria "do genial cientista suíço que foi Beimer"...

O mais interessante é que certa vez, fazendo semelhante brincadeira com pessoa que ignorava a criação de seu "método" e que gostava de dar demonstrações de inexistentes conhecimentos dele, ouviu a resposta:
- Ah! O método Beimer? Conheço-o perfeitamente. Ele é objetivo, lógico e infalível.

Desnecessário será dizer que o nosso Fantini levou a brincadeira adiante, alongando-se em filosofia e científicas explanações sobre a "famosa" teoria de Beimer.

DE 1924 A 1957

Em 1924, aos onze anos de idade, Armando Fantini Júnior entrava para a Companhia, indo trabalhar na modelagem. Foram seus chefes o Sr. Forhman e "Seu" Nonô, o saudoso Ataliba de Viterbo.

Certa vez - conta-nos o "velha-guarda" - apareceu na modelagem o Sr. Alfredo Frois, acompanhado do chefe do Escritório, Sr. Swens, à procura de um menino para ser contínuo, e lá fui eu para servir como o primeiro "menino de escritório" de Siderúrgica.

Depois de recordar a pessoa do Dr. Delville, antigo diretor da usina, que todos respeitavam e temiam, o entrevistado continua alinhando dados biográficos para a reportagem:

- Sai para me matricular na Faculdade de Comércio de Minas Gerais, só voltando à Belgo Mineira em 1931. Trabalhei até abril de 1935, no Serviço Elétrico. Fui maquinista dos guindastes dos controlers e dos motores, sempre no laminador.

Nesse período, recorda ainda o Armando, o horário era de doze horas - das seis às seis - sendo também comum dobrarmos o tempo trabalhando 24 horas e até 36 horas seguidas.

Do serviço elétrico, Armando passou para o Escritório, onde se encontra até hoje. Neste último setor, foram seus chefes os Srs. Leopoldo Bian, José Machado Chaves (hoje seu compadre) e depois na Contabilidade os Srs. Remy Lima e Schanen até que, com a mudança dos escritórios para a Capital, o nosso velha-guarda permaneceu em siderúrgica, sob a chefia do Sr. Firmo Teixeira.

A GRANDE EMOÇÃO

Com toda uma vida dedicada à usina, Armando pode apontar diversas emoções no serviço. De todas, porém, jamais será esquecida a da chegada, em Siderúrgica, do primeiro vagão de gusa de Monlevade. Juntamente com uma festa comemorativa, preparou-se uma surpresa para o Dr. Ensch.

Deixemos que fale o "velha-guarda":
- No momento em que o vagão ia entrar na usina, foi impedido pelo agente da central, sob a alegação de que não havia o conhecimento da mercadoria, indispensável ao livre trânsito. O Dr. Ensch "deu o estribo" e só então foi que revelamos que tudo fôra brincadeira, previamente combinado com o agente da estrada.

OUTROS DADOS

Armando Fantini Júnior é filho de um ex-velha guarda, falecido há cerca de um ano, que já foi biografado por O Pioneiro. O Fantini Júnior é casado com a professora Aurora de Lima Fantini e tem cinco filhos, sendo que a primeira deverá graduar-se  brevemente como normalista, no Instituto de Educação de Belo Horizonte.

O Armando é torcedor intransigente do Siderúrgica, fazendo questão de declarar que é fundador "de Fato" do clube sabarense.


Texto de Maria da Conceição Fantini Duarte

O RETRATO DE PAPAI

Aviso geral: O retrato de Papai será entronizado em uma galeria, na Câmara Municipal de Sabará. Será em sessão solene, na data de 29/02/1996.

- Que surpresa! - Só o dele? Pergunta alguém.
- Que nada! De todos os Ex-Presidentes da Câmara Municipal, desde 1947.

Iremos todos prestar nossas homenagens ao evento. Pensando bem, nós é que seremos homenageados. E é certo que ficaremos emocionados, envaidecidos e muito saudosos. E é certo que Sabará ficará lotada.

E aconteceu o esperado. O prédio da Câmara encheu-se de gente encalorada e ansiosa. E o verão era de matar. Chegando, fomos aos poucos saudados por antigos conhecidos. Uns mais afetuosos, outros mais rápidos. Muitos pareciam querer se aproximar, mas se continham. Costume do lugar. Nossa terra tem um povo bom, porém retraído.

Dado o número avantajado de pessoas, o salão se tornou apertadíssimo. Quer dizer isso que parentes e amigos dos que teriam os retratos entronizados estavam todos ali.

A solenidade correu bem, dentro das normas. Os discursos explicativos do evento, a nomeação dos homenageados e as datas de seus mandatos, e um ou outro caso pitoresco, serviram para prender a atenção de todos. Aida, minha irmã, foi convidada a dizer algumas palavras.

Em seguida, deu-se o descerramento das cortinas que cobriam os retratos. Foi o alvoroço, a alegria, lágrimas, palmas e exclamações: - Olha lá fulano! - Olha lá beltrano! - Como ele está bonito!... O familiar descendente, peito estufado, ofegante, o orgulho, a saudade a lhe estampar na face.

Que direi do retrato de Papai? - Que bonito! Muito bonito! O mais bonito entre todos! E muito importante, já que esteve na presidência da Câmara por quatro mandatos (1955-1959). Executou seu trabalho como voluntário. Não havia remuneração para tal cargo. Era o tempo da simplicidade. Parabéns, Papai!

Parabéns, Armando Fantini Júnior!


Fica registrado que, desde a restauração da Democracia no País, em 1946, até a presente data, apenas dois vereadores conseguiram dirigir os trabalhos legislativos, na condição de presidente de sua Mesa, em seu quatriênio, tendo sido um deles Armando Fantini Júnior.




   

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